Diferente do Estado do Rio de Janeiro e da capital – onde a estatística de notificações da dengue cresce a cada semana – a doença em Cabo Frio parece seguir na contramão do aumento do número de casos. De acordo com a Superintendência de Saúde Coletiva de Cabo Frio, até o momento há 299 notificações de casos suspeitos de dengue e, ainda segundo o setor, o índice representa uma redução de 76% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram notificados 434 casos suspeitos de dengue.
Para a Superintendente de Saúde Coletiva de Cabo Frio, a médica Lucy Pires, essa redução reflete o trabalho desenvolvido pela secretaria de Saúde:
- Todas as ações de intensificação de combate a dengue estão sendo tomadas. No entanto, é parte fundamental do controle a participação da população vistoriando suas casas toda semana – afirmou a médica.
A Superintendente ressalta, no entanto, que esta redução se deve também ao verão atípico que todo o país enfrentou, com poucas chuvas. A médica reforça que o período chuvoso do ano – que começa a partir do fim de março e pode se estender até maio – ainda está por vir, e se faz necessária a ampla adesão e controle da população eliminando possíveis recipientes criadouros do mosquito da dengue em casa e no ambiente de trabalho.
- As equipes estão nas ruas visitando casas e monitorando os bairros de acordo com o indicado no Mapa de Risco do município. A população deve ficar atenta, principalmente com a chegada do período chuvoso, e monitorar as residências constantemente – alertou Paulo Campos, diretor do Departamento de Vigilância Sanitária de Cabo Frio.
Ainda de acordo com a Saúde Coletiva de Cabo Frio, esta semana será divulgado o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de março, que identifica os bairros com maior risco de aumento no número de casos. A partir do resultado do documento será construído novo Mapa de Risco de Epidemia de Dengue do município.
De acordo com o último LIRAa, realizado em outubro de 2011 e apresentou índice de infestação de 1,9%, alguns bairros da cidade tem potencial elevado da doença e ações prioritárias são destinadas a localidades como Unamar, Aquárius, Monte Alegre, Boca do Mato, Jardim Esperança, Jardim Peró e Reserva do Peró.
Nicia Carvalho
Coordenadoria Geral de Comunicação Social
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